sexta-feira, 17 de junho de 2016

POESIA - A BALANÇA, O CORAÇÃO E AS ROSAS - THIAGO LUCARINI

Pende o fiel
Meu coração pesado
No prato da balança
Quebra o piso do tribunal.

Condenado, impreterivelmente
Condenado pelo ato de te amar.
Cumprirei com alegria minha sina
Sou réu confesso do amor maior.

Saio do tribunal ao invés de algemado, distribuindo
Rosas, pois sou um apaixonado incorrigível,
Poeta dos pares, incomensurável não aferível
Por balanças de ouro material, frio e impessoal.

Somente as rosas podem me julgar
Com exatidão e dignidade, pois somente,
E tão-somente elas sabem do amor
Que solenemente trago no meu coração. 

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