sexta-feira, 24 de junho de 2016

POESIA - BOMBA ATÔMICA - THIAGO LUCARINI

Nunca esteve tão silenciosa, a casa,
Caiu uma bomba atômica no meio da sala.

A lua pálida ilumina os escombros frios
Do pouco causticado que restou da casa.

Pulverizou. Desabaram os pilares, os mares,
Recuaram as ondas. Tudo secou. Tudo.

Sou parte do pó embalado pela lua da meia-noite
E mesmo assim, desfeito, choro e lamento, pois

A dor transcende, transcende a morte, e machuca.
Acabou a casa, a casa. Acabou-se o nós.

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