Sou
dependente.
Dependente
da droga lícita mais pura,
Em
sua lírica doce encontro a catarse
Da
abertura de novos mundos, sendo estes
Coloridos,
lúdicos ou insípidos e insossos,
Mas
cada qual com seu fascínio de abstração
Do
duro mundo real, contraditório e amargo.
Adoro
o vício no viço do brilho da elevação
Das
imagens dispostas em linhas perfumadas.
Minha
dependência entranhada ocorre a nível molecular
Eu
fiz desta droga antiga meu aconchegante lar.
Se
ela me falta entro em crise de abstinência
Tremo,
choro, padeço, o meu coração vacila,
Sem
ela não posso mais viver, estou rendido,
Entregue
a essa doce ilusão de ser chamada: Poesia.
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