sexta-feira, 17 de junho de 2016

POESIA - CONTRÁRIO - THIAGO LUCARINI

Not one would mind, neither bird nor tree,
If mankind perished utterly;

And Spring herself, when she woke at dawn,
Would scarcely know that we were gone.
Sarah Teasdale

A morte deve ser branda,
Pois a vida é dura e amarga.

A morte deve importar-se com o bem
Uma vez que ninguém significa enquanto vivo.

A morte deve ser como o beijo
De um vaga-lume na noite escura.

A morte deve ser quente e acolhedora,
Pois viver é um ato de frialdade e solidão.

A morte deve ser agradável de ouvir
Assim como o repicar dos sinos da capela velha.

A morte deve ser macia e branca
Feito uma cama de perfumados crisântemos.

A morte deve ser Primavera eterna
Sem mancha do tempo nas pudicas flores.

A morte deve passar semeando promessas
Com sua passagem só de ida para o grande além.

A dor deve ser efêmera
Ante a redenção gloriosa da morte

Nenhum comentário:

Postar um comentário