Na penteadeira
A rosa murchou
O espelho envelheceu
Deu rugas do tempo
No chão os lençóis
Formam um rio macio
De águas imóveis
Que embalam esse
Meu corpo sem cio.
A janela do quarto
Fechada não tem
Qualquer horizonte,
Pois projeta o fundo
Desta alma abandonada
Indo rumo à barca de Caronte.
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