Yoryuvski possuía uma impecável
Coleção de alvos pratos de porcelana
Até que um dia sua mãe, Borgianzka, lhe deu
Um prato de vidro com bordas de concavidade acentuada.
No aceite do presente, Yoryuvski disse a mãe, que
ficou ligeiramente satisfeito,
Porém no mais íntimo da sua alma, odiou a disparidade
do objeto lhe concedido.
Assim que, Borgianzka foi embora, Yoryuvski guardou o
prato no armário
Juntamente com os outros, e que coisa feia não ficou,
a harmonia estava quebrada.
Ele mexeu de todo jeito, mas a transparência do prato
gritava aos seus olhos,
Suas bordas protuberantes atrapalhavam colocá-lo entre
pilhas de outras louças
O prato não se encaixava na rotina prístina de beleza
do armário perfeitamente arrumado,
Era um alarme de mau gosto, a ferir sua ideologia
religiosa moral de estética peculiar.
Por instante, Yoryuvski, quis deixá-lo cair
acidentalmente,
Todavia, não faria isso, seu povo jamais negava um
presente dado.
Não conseguia sequer se livrar dele, e se o quebrasse
sua mãe saberia,
Ela sempre sabe, e se fosse questionado, não
conseguiria mentir, ele não mente.
O prato testava a cada santo dia de Yoryuvski, sua
resistência, sua paciência, sua vontade.
Ele queria quebrá-lo, pulverizá-lo, desfazer,
devolver, contudo, estava preso ao presente.
O prato destoante tornou-se seu carma de diferença, de
aceitação, teve que aprender
A respeitar sua singularidade, apesar de não gostar,
de toda aversão que o objeto lhe causava.
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