As cidades grandes
São grandes bocas.
Dentes de concreto em erupção
Despontam férreos e agudos
Mordendo, mastigando
Os homens que os ergueram.
Dissolvendo-os em sua saliva viva,
Fazendo papa das vontades duras.
O céu sem azul, sol ou estrelas
Ampara as várias línguas aslfálticas.
Permanecem, ali, em permanente
Trituração mecânica os homens
Até serem engolidos
E enterrados nas cáries.
Nenhum comentário:
Postar um comentário