sexta-feira, 25 de novembro de 2016

POESIA - ESPUMA - THIAGO LUCARINI

No meio
Do corpo
Do homem
Há uma duna
Silenciosa,
Volumosa,
Maleável,
Extensível.
Ora dura,
Dura mesmo
Dura tempo
A mover-se
Ao vento
Dos desejos
Para lá
Para cá
Feito serpente
Insinuante.
Ora estanca
Doendo firme.
A cura se acha
E vai à procura
A duna seca
Aos lençóis
De água pura
No meio
Do corpo
Da mulher
Feita de mar.
A duna
E a onda
Encontram-se
Fazendo
Poeticamente
Brancas
Espumas
De amor.

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