Há algo de alma
Entre eu e a chuva.
Talvez, sejam meus olhos molhados
Ou meu coração fofo feito nuvem
Ou a imprevisibilidade de tempestade.
Só sei que nos ligamos, como se eu fosse
O elo eterno das gotas supremas,
O terreno executor das suas vontades,
O mais autobiográfico de o seu cair.
Talvez, eu seja chuva, que não caiu
Ou chuva caída há muito tempo
Que se cristalizou na forma de homem.
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