Minha
alma azedou cedo
Encheu-se
de amargor
Sem
rutilância separatista
Do
todo, virei farol abandonado
Sem
utilidade, sem prestação
De
auxílio à vida mundana.
Desprovido
de luz, adiante
Vejo
um mar de estrelas afogadas
E
outras mais caindo do céu.
Anjos
sem bondade e mortos despencam
Engrossando
a sopa de desilusão.
Sendo
o mar aos meus pés
Lágrimas
deste farol vencido
Pela
infelicidade. No orla de vidro moído
À
flor d’água brota os destroços
Do
meu coração. E neste caldo
De
estrelas esquecidas e sem sorrisos
Desmorona
a razão, toda a lógica de felicidade
Naufragados,
nós vamos ao fundo
Ao
abismo mais negro de todos.
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