A beira da linha do trem
O homem observa atentamente
As vidas que se vão nos vagões.
Cada janela passa numa fração
Cada rosto não é mais que um borrão
Todavia um deles será eterno destino.
Uma vida inteira passa diante
Dos olhos molhados do homem.
O vento lança fora o seu chapéu,
Mas a queda verdadeira é do homem.
Tudo não dura mais que um instante
Logo os trilhos estão vazios
Moendo o silêncio que restou
E seu coração é velho vagão
Abandonado carregado demais
Numa ferrovia de indistinto fim.
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