O dedão do pé
Que topa com a pedra
Veio pelo caminho errado,
Afinal, a pedra já estava ali
São ossos sem identificação.
Assim também vim eu
Até então indiferente
Por estradas tortuosas e duvidosas
Cheias de pedras e imprevisibilidades.
Não topei com fraturas de rochas,
Mas achei-me diante de um algo ferido
Necessitado de gesso, amparo, bom tempo.
Imaginativo, sorri intuindo alguma mudança
Quis curar seu canto, suas asas, seu voo.
Senti-me inútil ao perceber-me incapaz
De tal feito, algumas salvações não nos cabem
A autoproclamação de qualquer virtude é desgraça
Meu zelo disposto jamais poderia curar o quebrado de antes.
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