Preparo-me para voltar à sepultura,
Ao frio úmido da baixa e habitual cova
Reencontrar-me com os vermes à espera.
Acabou a promessa de amor, o calor,
Toda a felicidade do que poderia ter sido.
Volto ao luto, ao cinza, às cinzas, à chuva,
Ao desbotado da vida, às palavras mortas
Volto ao triste eu de antes, à inércia doída.
Em metamorfose contrária eu comerei minhas asas,
Dormirei por longo tempo feito crisálida e um dia
Acordarei feia fria e solitária lagarta novamente.
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