Em Distância morava Pobrinho.
Pobrinho amava Riqueza, mas
Riqueza era apenas uma interesseira.
Recusava toda investida de amor de Pobrinho.
Cansado da rejeição constante o homem
Saiu à procura de um tesouro lendário,
Assim que o encontrasse, teria não só a glória,
Como também o amor de sua amada idealizada.
Meses depois Pobrinho regressou com largos sorrisos,
Parou no bar do Engasgo e tomou tudo o que tinha
direito,
Anunciou aos quatros ventos a sua fortuna encontrada.
Antes mesmo de sair do Engasgo, Riqueza veio ao seu
encontro,
Sem qualquer descrição, ela o beijou, e disse: “Eu
aceito.”
Riqueza casou-se no dia seguinte, sem toda a pompa,
Pois estava com pressa de garantir seu futuro.
Após o casamento, Riqueza pediu a Pobrinho
Para ver o tesouro que encontrou. O esposo respondeu:
“Hoje não dá, amanhã te mostro, eu prometo.”
E assim o tempo passou. Todos os dias, Riqueza
Pedia a Pobrinho para ver a famosa fortuna
Fato que ele postergava sempre para o amanhã,
trabalhando muito
Para manter sua interesseira esposa acomodada no luxo.
Finalmente, chegou o dia da morte de ambos.
Riqueza terminantemente questionou:
“Aqui neste leito de morte, rogo ao meu marido
Que me mostre o tesouro lendário que achaste tempos
atrás.”
Pobrinho riu. Depois de tanto trabalhar, tornou-se verdadeiramente
Um homem rico, e sua esposa, ainda pensava no passado:
“O tesouro esteve a todo tempo bem debaixo do seu
nariz,
Todas as manhãs o via ao olhar no espelho, meu tesouro
sempre esteve contigo”
Riqueza correu ao espelho do banheiro e o olhou,
procurou,
Por um instante nada notou, nada achou além do seu
reflexo.
Perplexa, Riqueza voltou ao quarto, Pobrinho estava
morto e em paz.
Ela deitou ao seu lado, e no seu ouvido pela primeira
vez sussurrou.
“Eu te amo.” E em lágrimas, Riqueza, sua alma
A Deus Todo-poderoso entregou. Ficando toda a fortuna
para os filhos.
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