sexta-feira, 3 de março de 2017

POESIA - LUZES - THIAGO LUCARINI



 O homem cansado
Sentado à beira da janela

Observa a escuridão lá fora
E com ela conversa intimidades, pois

Têm, em comum, eternidades e efemeridades
Paralelas as suas celas naturais e abismais.

Percebe o homem que as luzes dos postes
São lembretes da ação artificial.

Que as estrelas são luzes
De esquecimento para o humano.

Que o vaga-lume tem luz
Independente da noite.

E que sua luz própria
Perdeu-se no beijo da escuridão.

O triste, é que todas as luzes morreram,
Mas felizes se reencontraram em algum lugar.

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