O homem cansado
Sentado à beira da janela
Observa a escuridão lá fora
E com ela conversa intimidades, pois
Têm, em comum, eternidades e efemeridades
Paralelas as suas celas naturais e abismais.
Percebe o homem que as luzes dos postes
São lembretes da ação artificial.
Que as estrelas são luzes
De esquecimento para o humano.
Que o vaga-lume tem luz
Independente da noite.
E que sua luz própria
Perdeu-se no beijo da escuridão.
O triste, é que todas as luzes morreram,
Mas felizes se reencontraram em algum lugar.
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