sábado, 3 de janeiro de 2015

POESIA - ELIXIR - THIAGO LUCARINI




A lua argêntea
Brilhou no céu negro
Arauto das belas criaturas
A pele pálida e fria me tocou
Com seu cheiro doce
Roubou meus sentidos
Seus olhos felinos me domaram
Sou presa fácil
Para caninos salientes
Estava perdida, fatalmente, perdida
Mas não me importava
A dor veio
O filete de sangue escorreu
Pelo canto da boca
No cálice-carne da vida
Verteu vermelho na noite escura
Meus sentidos explodiram
Entre a dor e o êxtase
Submissa e entregue
Ao sobrenatural apaixonante
Meu corpo caiu inerte
Aos seus pés, meu lugar
No meu pescoço
A marca inapagável
Sucumbi ao fim
Com o beijo de um vampiro.

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