A
lua argêntea
Brilhou
no céu negro
Arauto
das belas criaturas
A
pele pálida e fria me tocou
Com
seu cheiro doce
Roubou
meus sentidos
Seus
olhos felinos me domaram
Sou
presa fácil
Para
caninos salientes
Estava
perdida, fatalmente, perdida
Mas
não me importava
A
dor veio
O
filete de sangue escorreu
Pelo
canto da boca
No
cálice-carne da vida
Verteu
vermelho na noite escura
Meus
sentidos explodiram
Entre
a dor e o êxtase
Submissa
e entregue
Ao
sobrenatural apaixonante
Meu
corpo caiu inerte
Aos
seus pés, meu lugar
No
meu pescoço
A
marca inapagável
Sucumbi
ao fim
Com
o beijo de um vampiro.
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