Não e Sim, enfim estavam presentes na
reunião de pais e mestres. Os filhos de Sim perturbavam a paz escolar
frequentemente, eram desordeiros natos, por outro lado, os filhos de Não eram
disciplinados, faziam traquinagens como qualquer criança, entretanto conheciam limites.
A diretora Paciência começou a falar:
— Senhor Sim, precisamos que seus filhos
colaborem efetivamente com a organização e regras escolares. Estas atitudes
transgressoras poderão gerar graves consequências no futuro.
O Sim já temia aquela conversa, ele
baixou o olhar, e exausto disse:
— Sinceramente — Sim suspirou
apaticamente. — Não sei mais o que fazer, eu faço tudo, dou tudo e permito
tudo. Meus filhos deveriam ser exemplos, pois nenhuma proibição imponho a eles.
O Não comovido com o pesar de Sim
levantou a mão para poder expressar-se. O Não tristemente nasceu mudo, a
diretora precisaria interpretar seus sinais. O Sr. Não começou a gesticular e
Paciência falava concomitantemente:
— Caro senhor Sim, a permissividade
contínua, assim como negativas infindáveis são prejudiciais a educação saudável
de quem nós amamos. O equilíbrio entre sim
e não é o melhor caminho para um
final verdadeiramente satisfatório.
Sim percebeu nos olhos de Não o viço da
responsabilidade e do zelo, e juntamente com suas sábias palavras mudas, fez com
que ele entendesse o seu erro.
— Obrigado amigo — disse Sim animado com
a nova possibilidade.
Não sorriu num cumprimento. A reunião
continuou.
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