Carrega sublimemente
A célere e ocupadíssima borboleta
O perfume de cada flor que habita
Por tão míseros e sagrados segundos.
Vai ela levando em suas asas de brevidade
O peso do cheiro, a vasta lembrança do odor.
Vai ela pelo jardim misturando as fragrâncias
Das flores estáticas, compondo com maestria
Novos aromas abstratos, novos sentires breves
Que somente uma borboleta perfumista pode tão bem
elaborar.
Vai ela ao vento espalhando essências vívidas,
Criadas a partir dos segredos inconfessos das flores.
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