Era o último dia.
Pegou o remo,
Uma rosa branca,
Entrou no barco
E partiu rumo
Ao horizonte.
O barqueiro
Remou até
Os braços doerem.
Ao chegar à borda do fim
Parou e contemplou
O sol poente que banhava
A face cansada antes de ir dormir.
Naquele instante de entrega
O barqueiro soltou o remo e fez
Um furo no meio do barco e viu
As águas mansas entrarem
E calmamente se alegrou.
Sorriu ele pela última vez
E junto àquele que guiou
Por uma vida inteira, partiu.
Sobrou sobre o liso oceano
Uma rosa branca,
Uma lágrima da terra,
Marcando o túmulo
Do corpo sepulto do barqueiro.
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