Sangrei minha última pétala de rosa
Não mais ferirei a flor pelo perfume,
Não mais quebrarei seu canto de ciciar,
Não mais apararei seus defensivos espinhos,
Pois o seu sangue rubro faz escorrer
Límpidas lágrimas santificadas de mim.
Meu pecado é absolvido pelo juiz do fim.
Não sou nem serei jamais culpado pela rosa.
Claro, que tenho minha consciência, por isso,
Pararei tal insanidade, a preservarei, enquanto bela.
Terei por merecimento sua essência olorosa,
Abandonarei este delírio hipnótico de maus-tratos.
Farei uma distorção no tempo, alucinarei ser outro
adubo.
E nesta promessa me manterei pela rosa, já não a
machucarei.
Serei seu príncipe, seu anjo, seu zeloso cuidador.
Ai e pobre da rosa se fielmente não acreditar em mim.
31/03/2017.
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