Óleo
escorre pelas curvas do corpo
Desliza
a renda, as cordas, a cinta
Despe-se
de toda a repreensão e pinta
O
prazer do ego sem ser perverso ou oco.
Máscaras,
fantasias, plugs, algemas, inversão,
Dupla
penetração moral, voyeur, sadismo, dominação.
Quão
rico é a entrega sem qualquer condenação
Da
culpa martirizante. Vejo pudores sem consumação.
É
quebrada a latência da consciência.
Sem
se prender às fases ou perversões do pensamento
Alcança-se
o êxtase pleno do momento.
Soltam-se
as amarras dogmáticas. Após o gozo
O
homem segue livre na dura realidade
Pois
os fetiches do prazer conservam a sanidade.
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