segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

POESIA - CARNAVAL - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

[..] Que importa? Ao menos o teu ser [...]

E eu, vagabundo sem idade,
Contra a moral e os códigos,
Dar-te-ei entre os meus braços prodígios
Um momento de eternidade...
Manuel Bandeira

A Colombina despiu sua máscara
Da vida real pondo a fantasia

Sobre toda a paresia do seu ser
Em primeira instância irrevogável.

Arlequim cheio de júbilo vivo
Sob chuva de confetes e serpentina

Dança ao som de marchas, sobre
Noites esquecidas de qualquer sono.

Porta-bandeira levanta a flâmula
Entre giros e rodopios. Branca

A liberdade em estandarte de poucos dias
Passista, bailarina, cortesã, pierrô sem contravenção

As ruas são tomadas de desfiles abertos
Enfeitados de falsas plumas de Livre-arbítrio.

A alegria queima feito uma fênix em final de carreira
Convertendo-se em cinzas na quarta-feira

Voltando a renascer  em nova alegoria somente no próximo

Fevereiro carnavalesco. Seguem onze meses tristes.   

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