Nunca
fui agradável
Neste
mundo baço
Caí
do berço cedo.
Meu
espelho enferrujado
Projeta
um gordo derrotista
De
aparência amarelada
Ressequido
de amargor
Drenado
de toda qualidade.
Nunca
esperei nada da vida
Por
isso, ela, também jamais
Esperou
algo muito além de mim.
Sou
um fardo, um peso medroso
De
ocasos a amanheceres
Sempre
apavorado com tudo
E
disposto a pôr defeitos em todos.
Brilha
no alto da minha cabeça:
“THE
BIGGEST COWARD”
Em
letras maiúsculas e douradas, a única
Glória
inversa deste eu vagabundo.
Sempre
esperei tudo dar errado
E
quase sempre deu. Só acertei
Nas
raras exceções a via de regra
Tudo
tem exceção, uma falha
Mesmo
para o pessimista.
E
nela residem os parcos prazeres
Além
de reclamar, de um nato
Pessimista
depreciativo.
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