Leonardo sentiu todo
seu corpo enrijecer. Um punhado de seu cabelo foi erguido. Perplexo, Léo olhou
no espelho da sala de jantar. A personagem mais cruel que sua escrita já criou,
estava bem ao seu lado. Mayanna ou a Quebra-cabeça lhe sorriu, com sua aura
densa e maligna de bruxa. Os cabelos do escritor foram puxados com mais
violência por May. Ele não gritou. Era o que ela queria.
Descontente, a bruxa
bateu sua cabeça com na mesa. A comida quente no prato recém posto entrou em seus
olhos, queimando. Concomitante, o utensílio se quebrou, cortando sua testa. May
o puxou de volta. Não ousou gritar.
Sua cabeça foi
arremessada de novo, dessa vez sobre as lascas de porcelana. Os cacos retalharam
seu rosto como se tivessem fome. Seu nariz balançou por um fio de pele. Só
então, Leonardo gritou. Era mais fácil dar o que May ansiava. Afinal, ele a
conhecia melhor do que ninguém.
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