Deixou o copo cheio cair e se espatifar. Gritou por socorro, mas lembrou-se que estava sozinha. Uma mão cadavérica, arroxeada, com pedaços faltosos de pele e carne, saía de dentro do bolo na geladeira e segurava o braço de Taize com firmeza. Ela se sacudia, tentando desvencilhar-se, porém a mão sobrenatural era muito mais forte. Mais cedo, naquele dia, recebeu de Letícia, aquele bolo. Talvez, Leti, não fosse tão sua amiga assim.
Aflita, Taize deu um solavanco para trás, escorregou num caco de vidro e tombou, batendo a cabeça na borda da pia. Notou, mesmo zonza, que estava livre, porém cheia de marcas. A mão podre devagarzinho fechou a porta da geladeira. Taize em pânico e receosa, só pensava em como a tiraria de lá sem ser arrastada para o seu mundo frio e sombrio.
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