Das rotineiras espumas das ondas,
Entre areia, algas e conchas de nácar
Surgiu uma tenra Afrodite masculina
Para ferir aos brutos a sensível retina.
Por que não? À livre imaginação
Tudo se permite nada desiste
Tudo persiste além do incômodo.
Saído do equóreo mar deitou-se
Sobre os escombros da areia
Parte do seu velho útero e lar
E esperou pelo amor a secar-se
Sob o sol daquele antigo limiar.
Passaram-se dias, noites, tempo, porém
Taxado pelo nascimento de plágio e gênero
Negaram-lhe as criaturas, o amor,
Fora do Paraíso prometido voltou
Esquecido ás ondas, seu Éden salgado e se desfez.
Regressou ao pó em suspensão, do qual, originou-se.
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