Selou-me o destino com uma pedra pesada
Demais para meus fracos braços levantar.
Sepulto numa gruta de esquecimento
Metaforicamente chamada de morte
Permanecei à espera de algo maior que o fim.
Pensamentos de vazio me circundavam ferozmente
À medida que apodrecia em minha humana agonia,
Sabia que por conta própria não romperia a pedra posta,
Nem voltaria à vida do lado do lado de lá. Após tantos dias
Meus olhos cerrados num céu de asco e escarro se abriram,
Ouvi o clamor da salvação do Santo chamado:
“Lázaro, levanta-te e anda, venha para fora.”
Fora à ordem me dada pelo amigo Senhor.
Sem contestar, fendeu-se a pedra, puseram-se meus pés
A caminhar rumo à voz capaz de erguer qualquer homem.
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