Tenho necessidade de calar-me. Silenciar-me é minha arte mais bela e estranha. Preciso desta calmaria autoinduzida, de fácil fluidez e dissociativa da barulheira corriqueira e sem identidade. Emudecer a voz é achar fina sintonia com quem sou. Minha alma em repouso cessa com as palavras desgastadas e desnecessárias e neste marmóreo silêncio busca um estado superior de observação das coisas comuns e sua beleza escondida, é na mudez que acha complemento, razão, poesia, proximidade com o infinito, novo caminho, é no subterrâneo silêncio que ouve as dores e os cantos, é no calar que se faz plena e paz.
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