quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

POESIA - TOQUE PROFANO - THIAGO LUCARINI





A carne queima
Implora pelos seus desejos
Incendeia-se como gasolina
Mas, o gozo ofertado
Contém sempre escondido
Um toque assustador
Revestido de pecado
Santidade e significado
A sua dualidade extremista
Corrompe e limita
Como graxa e água benta
Injustiçado e violado
Ao invés de limpo e santo
Trará sempre o título de profano
A sexualidade não é uma flor inocente
Tampouco a Lilith do inferno
O mais certo: desconhecida
A prostituta e o vendido
Sentam-se e choram
Na margem da vida
Condenados por não cobrirem-se
De máscaras.

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