Natal e final de ano a dispor das
compras e mesmo da religiosidade-imposta é tempo de reflexões e um período para
avaliar as conquistas. Não falo somente de vitórias materiais (são legais), mas
o indispensável à vida de qualquer pessoa é imaterial e essencial ao coração.
Neste Natal veja o que ganhou como pessoa os afetos que cultivou ou desenvolveu
neste ano. Que pessoa você foi? E se só conseguiu matéria reveja seus atos, afinal, nosso cartão de visitas não deve
ser de concreto, metal ou crédito. Somos os amores e amizades que cultivamos.
Muito mais que os presentes valem as boas ações, um gesto de carinho (coisas
tão banais hoje), tão deixadas de lado. Ser cristão sem estender a mão ao
outro, sem ter empatia é ser apenas: religioso (palavra crua e mistificada,
pois religioso e somente aquele que repete uma ação qualquer rotineiramente); a
profundidade da cristandade consiste em fazer o bem e amar ao próximo, e
devemos ter a sensibilidade para lembrar que o Natal é triste para muitos.
Se eu sigo tudo isso, obviamente que
não. Não sou perfeito, sou falho, tenho minha cota de magoas, rancores e
imperdoáveis, mas espero ser melhor a cada dia. Não farei da fé um enfeito
pendurado, das luzes artificiais um subterfúgio para esconder minha escuridão; prefiro
iluminar-me por dentro com a chama da bondade e do amor. Creio que a humanidade
possa ser melhor um dia, que um dia alcançaremos nossa santidade, por isso
Feliz Natal.
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