sexta-feira, 3 de novembro de 2017

POESIA - MASSA DE MODELAR - THIAGO LUCARINI

Quando meu corpo
Descer à sepultura
Pouse-o com ternura
Em respeito ao vivo
Que sob a luz fui
Em retribuição a alma,
Da qual, a morte me desligou.
A sete palmos na solidão do silêncio
Entre vermes e minhocas, minha carne
Sem habitante, enfim, voltará
A sua natureza primeira: pó.
Massa de modelar para outra vida.

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