Vem das montanhas altíssimas
Vales de ouros e prados de prata
Vem na bruma da manhã
Nas gotas de orvalho amanhecido.
— Nada é imune a ele: infinito, distinto amor —
Chega no aroma do café passado
Da comida preferida, da casa natal.
Vem a galopes em cavalos de fogo
Nas mãos de Deus e no coração humano.
— Nada é imune a ele: infinito, distinto amor —
Ele acaricia as pétalas das rosas, pérolas
O ciciar dos insetos, eternos, ó vida.
Saiu o gênio da garrafa, encantado
Poderoso, a fiar e governar, ó vida.
— Nada é imune a ele: infinito, distinto amor —
Imortal, essência de tudo:
Terra, fogo, ar e água, menino, velho, sábio
Combustão da alma, força de cada dia
Alegria divina, realização humana.
— Nada é imune a ele: infinito, distinto amor —
Cascata marfim de estrelas brilhantes despenca do céu da boca
O coração embebeda-se pleno, irradiado de luz e prazer
Do infinito amor, avalanche, a correr, feito rio
Banhando sonhos, humanos, a vida e Deus.
— Nada é imune a ele: infinito, distinto amor —
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