sexta-feira, 24 de novembro de 2017

POESIA - EQUIVALÊNCIA DOS INSTANTES - THIAGO LUCARINI

Tremem os segundos, os minutos e as horas
Ante a instabilidade do momento em trânsito.
Nada dura para sempre e a tentativa de repetir
Não é sinônimo de reviver o grandioso sentido.
O tempo apesar de duro e inflexível
Tem ossos de vidro, e por isso,
Não se sustenta fixo no pilar das prisões,
O peso da estagnação o faz correr ao infinito.
De duração simétrica ou equivalente
Passam-se os instantes e cabe a lembrança
Guardar o melhor e reaproveitá-lo sem reviver,
Porém impulsionando a insistência para o amanhã.
Ao tempo, pergunto: “Qual será o meu pedaço de fim
nestes instantes frementes e cheios de rumores
nascidos a cada despertar da alva alegórica?”

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