domingo, 8 de outubro de 2017

POESIA - BERÇO DE POEIRA - THIAGO LUCARINI

Clamam as auréolas
Enquanto tremem os ossos
Os sinos repicam
O som corta a alma,
O tempo, as asas.
Os passos tombam
No meio da caminhada
Estirado o corpo
É cruz, sinal do abatido
Que bebe o próprio suor
Para tentar se reerguer
E avançar além da miséria
Do berço de poeira.

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