Inconsistente, quero eu
Um sonho barbitúrico.
Achar-me tranquilo
Na desfeitura de uma nuvem
Ser precipitação eminente
Descansar na queda de cada pingo
E nos seus ossos líquidos
Encontrar boa sustentação, asas,
Melhor maneira de seguir
Sobre as pedras da vida
Fluir sobre a insensatez sólida
Encontrar aceitação na secura das rochas
Ser feliz sem forma ou regra definida
Ir além da monocromia de certos arco-íris
E após cansar da liquidez, evaporar-me
E refazer todo o ciclo primitivo de mim:
Pingo-comprimido, comprimido-pingo.
Eterno movimento de fuga.
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