quarta-feira, 1 de julho de 2015

POESIA - MARIÂNGELA - THIAGO LUCARINI



 FOTO: Thiago Lucarini

A Mariângela Moreira

O que pesa em minh’alma
Não é nenhuma dor de amor,
Mas sim, a dor de uma amizade quebrada (o mais puro amor)
A contradição é intencional.
Trago na alma nossas conversas
Intimidades trocadas em cartas,
Votos de felicidade e horizonte vasto.
Como pudemos deixar morrer?
Morremos um para o outro!
Já faz tantos anos e ainda não me esqueci de você
Das músicas, de tudo, de tudo mesmo.
Lembrar de você me traz lágrimas aos olhos
Talvez, eu tenha problemas com questões indefinidas
Ou neste caso, permanentemente resolvida (no fim).
Queria por vezes estar sob o sol de outrora,
Quando nossa amizade era uma bela flor.
Tenho essa ferida e arrependimento
Por ter contribuído prontamente
Com este naufrágio fatual
Afundamos, mas só eu estou afogado.
Perdoe-me um dia
Permita-me chamá-la
Uma última vez, pela alcunha:
Amiga, amada amiga.
Hoje, ex-amiga
— Mariângela —
Meu adeus em definitiva e derradeira poesia.

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