FOTO: Thiago Lucarini
Naquela
casa velha e assombrada
Cheia
de horas cinzas e baças
Portas
rangem; móveis se movem sozinhos
Goteiras
intermitentes, arrastar de correntes
Gato
preto miando, corvo agourento na janela
Lua
cheia encoberta por nuvens sangrentas.
Casa
assombrada, habitada
Por
inúmeros fantasmas
Sussurrantes,
sibilantes
Aparições
ectoplasmáticas
Almas
pouco diplomáticas do além.
Casa
macabra: eu
E
meus fantasmas.
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