Eu fiquei responsável por
cuidar da minha sobrinha de três anos naquele dia. Por volta do meio-dia e
meia, ela me encarou, apontou o dedinho para a rua e disse: “Vovó chegô, vovó
chegô.” Eu olhei para fora e não havia ninguém. Minha sobrinha começou a
conversar sozinha como se minha mãe estivesse realmente ali. Minutos depois,
meu celular tocou, no visor apareceu “Mãe amada” atendi: “Falo com o filho da
senhora Paula?” Receoso, confirmei e a voz séria e formal me informou: “Lamento
dizer, mas a Paula sofreu um acidente e veio a óbito...” Tremendo e sem chão,
mirrei minha sobrinha, que brincava inocentemente com a “vovó”.
sábado, 12 de dezembro de 2020
MINICONTO: VISITA - THIAGO LUCARINI
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