A Leandro Pires da Silva
O menino no corredor
O menino no corredor
Observa o vazio da ausência
E espera em prece a vida chegar
Feito rio tímido de curso indistinto.
Ali, parado, à beira da grade ou parede
É parte da construção, do sono da manhã,
Da esperança primaveril da tenra idade.
O menino no corredor
Composto de pura ilusão
Faz parte da natureza imaterial
E observa um diáfano mundo
Que poucos veem ou percebem.
O silêncio é sua constante maior
E entre uma palavra e outra,
Tijolo por tijolo e sonhos sedimentar
Vai fazendo-se pilar, estrutura,
Um pedaço concreto no tempo.
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