sábado, 23 de dezembro de 2017

POESIA - BERÇO DAS ÁGUAS - THIAGO LUCARINI

Flutuo à deriva
Em águas de incertezas
Meus pés molhados
E suspensos não fornecem
A estabilidade que preciso.
Embalado em liquidez
Padeço sem itinerário
Levado pelas correntes duvidosas
Preso às correntes do pensamento.
A água é um berço ubíquo,
Um algo embrionário e traiçoeiro
Basta um deslize ou desengano
Para eu me afogar, basta um motivo
Concreto para eu ser eterno mar de vastidão. 

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