Eu não devia ter passado o
trote. Liguei só para zoar, fazer uma brincadeirinha de leve. Achei que a família
apreciaria um pouco um pouco de humor num momento tão difícil. Mas assim que
desliguei o telefone, aconteceu. Ao meu lado surgiu uma criança com marcas de
estrangulamento e com o torso parcialmente carbonizado. De imediato, reconheci
a vítima do caso e entrei em pânico. O fantasma me persegue há dias. A polícia
e a família ainda procuram, na dúvida e esperança, a criança ou um corpo,
enquanto eu carrego a certeza e o assombro frio da morte.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
MINICONTO: TROTE - THIAGO LUCARINI
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