Ela não conseguia acreditar
que aquela aberração havia saído de dentro dela. Diziam que ela deveria amá-lo,
mas como? Sentia uma profunda repulsa por aquela criatura molenga de olhos
desproporcionais, barriga grande e boca sempre escancarada de choro ou fome.
Aquela coisa desagradável abriu caminho para a luz através de sua carne,
contudo, não era seu filho. Os tentáculos úmidos, as antenas sensoriais e a
pele opaca e acinzentada confirmavam isso.
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
MINICONTO: PÓS-PARTO - THIAGO LUCARINI
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