O homem repetiu o processo
de captura e depois com toda a sua força puxou o pescado que caiu com um baque
seco na lataria do barco. Com sua lanterna viu que se tratava de um peixe, mas
de uma cabeça humana fisgada pela bochecha, seus olhos eram pálidos e a pele
aquosa, enrugada e cheia de feridas, com as orelhas, ela pulava e se debatia,
tentou morder o homem que tomado por medo e impulso, chutou a cabeça à água,
cortou a linha da vara e caiu sentado. Por um instante, a cabeça flutuante
encarou o homem do limiar das águas feito um jacaré e, a seguir, afundou com um
gorgolejar.
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