Não pintam a chuva de outra cor.
Do céu veem sempre a mesma água cinza
Sem canto sem tom só chumbo duro
A fortalecer as barras da jaula
Onde a linha do horizonte
Morre nas pontas das asas.
As paredes vazadas são sequelas
Milimetricamente abertas para a dor
Só entrada sem saída sem vida.
Pássaros na gaiola desprovidos de tinta
Não pintam a chuva de outra cor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário