Quem vive de mentiras
Enterra-se num campo de ilusões,
Cobre-se com cobertor que não aquece,
Tem a indumentária cheia de buracos,
O caminho é extinguível, tortuoso e falho.
Qualquer tempestade revela a fragilidade
Dos seus pilares insuficientemente sustentados.
No acúmulo da enxurrada cáustica
As flores sem raízes se vão desfeitas
E de cara lavada é preciso recomeçar
A cultivar novas idealizações alegóricas.
Mentir é fazer-se reluzente a cada dia
De uma maneira fria e terrível, infiel.
É rolar incansavelmente a pedra de Sísifo.
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