Na madrugada as paredes rugem
Tempestades sem água. Clamam
Os horrores acumulados durante o dia,
Trovejam tudo o que foi carregado
Nos seus horizontes de concreto quadrado.
No vazio sepulcral da meia-noite ida
O homem que vaga no quarto
É estaca instável, tenta em vão,
Segurar a noite, os sonhos, a vida,
Mas inevitavelmente está preso
A solidão de ontem e aquela
Que se somará ao raiar do Sol no novo dia.
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