Pelos
cantos e,
Desencantos
da vida,
Paira
a solidão,
A
olhar-me,
E
envolver-me,
Nos
teus frígidos braços,
Fantasma
da meia-noite,
Sombra
do meio-dia,
Visita-me
constantemente,
Mas,
indelicada,
Não
traz flores.
Nas
noites,
Em
cama vazia,
Sempre
ao meu lado,
Na
minha casa abandonada,
Acima
dos ombros.
Solidão
companheira,
Sua
presença é a única,
E
confesso,
Às
vezes me satisfaz,
Basta-me
tê-la,
Afinal,
toda amante tem defeitos,
Assim
como tenho os meus.
A
solidão nem é tão má assim,
Ela
nunca me decepciona,
Nem
tão pouco me abandona,
Ela
cura e sara,
Todas
as minhas cicatrizes,
Ela
me protege de multidão,
Carregados
de falsos sorrisos,
Onde
ninguém vê; ninguém,
Não
faz criar ilusões,
Nem
tão pouco paixões surrealistas,
Quem
pudera aprisionar a minha alma,
O
meu amor se a solidão,
É
a minha fiel e única companheira,
A
ela me entrego por completo,
Sejamos
um só, eu e você, solidão,
Sirvo-nos,
Com
uma taça de pranto e,
Brindemos
a agregação,
Da
solidão com o meu eu.
Venha,
junte-se a nós,
Não
exigimos nada demais,
Apenas
uma vida e,
Uma
dose de sobriedade.
OBS: Nos recôncavos da alma, ela se esconde, perene e
bela, a notável da vida, solidão.