O corte no seu dedo
sangrava, depois de um tempo, percebeu que o sangramento não estancava. Começou
a entrar em colapso. Usou uma tonelada de gazes, pedaços de tecido. E numa
dessas vezes, enquanto limpava o ferimento, viu um pequeno brilho em sua carne,
acreditou ser um pedaço do vidro com qual se cortou. Cuidadosamente analisou o fulgor
e com o próprio dedo futucou a ferida, porém o objeto cintilante não saía.
Entretido, acabou por cutucar demais o machucado e uma parte da sua carne macia
cedeu ainda mais, só então se deu conta, de que não podia se tratar de um caco
de vidro. Ignorando os protocolos de segurança e a dor, puxou filetes da sua
carne, arrancando-a e pondo os nacos ensanguentados sobre a bancada, descarnou
toda a sua mão e metade do antebraço, expondo a luz do dia, uma armação de
metal, ao invés, de um esqueleto humano.
sábado, 6 de março de 2021
MINICONTO - ERRO DE PROGRAMAÇÃO
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