Acho que sempre fui morto
Sem anúncio oficial de morte
Completo ovo choco despercebido
Incrustado ao vulgar respirar diário.
Sou do tempo pertencente aos inermes
É a minha casca interna que está fendida
Dando nata, véu embaçado ao olhar
Me é comum a cova dos desterros.
Será que quando, enfim, eu morrer
Estarei eu vivo pela primeira vez?
Será que vestirei a humanidade
Disfarçada por auréolas e asas?
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