Mas o caminho permanece
Existe além de quem se vai.
Ela corre com o desespero
Da tempestade que se anuncia
Nos seus olhos plúmbeos e turvos.
Nada restará, nada salvará,
Por isso, ela corre feito vento,
Querendo se dissipar na linha
Do horizonte que se abre
Em bela e terrível incógnita.
Seus pés de Hermes seguem
Em contrária leveza esperada
Sem saberem o mapa ou razão
Sem velocidade suficiente.
Só o coração sabe e não confessa.
Não cabe as palavras questionarem
A história que contam ou o papel
Onde habitam, bastam-lhes ser e só.
Ela corre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário